sexta-feira, 10 de julho de 2009

CAP 8 – A Triste Alegria! (Alice no país do Pop®)



Alice, que ainda não entendia o que fazia ali, tratou de consolar a mulher. Num rompante de humor, a chorosa servidora de chá, afastou-se, rispidamente e, com olhar de ódio, voltou a mexer o bule.

Agora contaria a sua história.

Ela tinha o irônico nome de Alegria. Não lembrava a última vez que um sorriso aparecera em seu rosto sujo, nem fazia questão. Segundo Ele a única vez que Alegria fez jus ao nome, era uma tarde chuvosa e gelada, onde, os bules e xícaras, enfim, puderam ser abastecidos com a água que caiam. Aquela, sem dúvida, havia sido uma tarde memorável. Brincaram na chuva vespertina e tossiram e espirravam na noite.

Alegria defendia, de cara amarrada, que a dupla havia se formado a cerca de dois dias ou, talvez, dois anos. Quando um coelho chamado “Homem”, lhe presenteou com um conjunto de chá, perdida e sem idéia do que fazer com tais objetos, acabou encontrando Ele, este deitado sobre uma mesa, sorrindo sem sentido. Desde então, não se largaram mais.

Alice achava tudo aquilo interessante, mas procurava o momento para se livrar dos novos amigos. Estava faminta, e precisava terminar a matéria de sua vida e , é claro partilhar sua experiência para seus amiguinhos na Internet.

Alegria, agora, chorava, enlouquecida, ao se recordar do coelho. Ele, apenas gargalhava. Alice sentia-se mais confusa que na vez em que trabalhou como guia turística para uma família de chineses albinos.

Um ria, outra chorava. Lágrimas e dentes. Drama e comédia.

A inconsolável Alegria havia se jogado no chão. Ele apenas a observava com imensa atenção. Aquele era o momento certo para Alice desaparecer.

Levantou-se e andou, não podia olhar para trás, mas o gnomo da curiosidade que habitava em seu interior, obrigou-a a virar o rosto. Lá estava o homem olhando a xícara e a mulher mexendo o bule.

Satisfeita por ter escapado, voltou a caminhar, quando, inexplicavelmente, alguém sorridente surgiu em seu caminho. Com a leveza de uma bailarina russa, Ele rodopiava e gritava para todos ouvirem: “Alice é uma ótima jornalista”. O coração da fanática parecia explodir de alegria, nunca fora elogiada em toda sua vida... Foi aí que parou para pensar... Sentiu um cubo de gelo descer pela sua garganta. Suas pernas tremiam. Abriu a mochila. A vontade de berrar foi gigantesca. O caderno com a matéria de sua vida havia desaparecido.

Mais adiante, Alegria rasgava furiosamente, as folhas de um caderno com capa de bolotas... Desta vez ela sorria.

Alice achou que fosse morrer...

CONTINUA...



"Alice no país do Pop" é um texto de minha autoria que estarei publicando aqui no blog. É um texto registrado em cartório, portanto, pense bem antes de copiar...

sábado, 4 de julho de 2009

Um dia dinâmico!

Gostaria de saber a causa, o motivo, a razão ou as circunstâncias de certas coisas acontecerem na minha vida. Eu aguardava tão enlouquecido uma ligação, tanto que, quando algum número desconhecido surgia no display do meu celular, eu entrava em parafuso (detalhe, na maioria das vezes era, apenas, cobrança).

Enfim, eu recebi o telefonema, meu coração acelerou e eu tive medo que ele saísse pulando, doido, rua abaixo.

Fui para fazer uma prova de digitação. Estava confiante, tão confiante que chegava a estar chato. Ao chegar no local da prova, descobri que não faria prova alguma, mas sim uma... Dinâmica em grupo.
Quero ressaltar aqui a minha aversão a este tipo de atividade. Como fazer uma dinâmica quando se está nervoso. Se você é tímido fica ainda mais tímido, se você é descontraído corre o risco de parecer incoveniente. Se um dia eu descobrir o inventor da dinâmica em grupo...
Fiz tudo num só dia. Dinâmica, exames. Senti frio, coloquei o casaco. Senti calor, arranquei o casaco... Foi uma loucura...
Quando pensei que nada mais poderia acontecer, eis que perco meu "Inseparável Caderno de Anotações". O caderno onde escrevo "Alice no País do Pop", onde escrevo outros textos meus... Entrei em pânico, não queria mais saber de emprego, de frio e de... Telefone!
Estava eu em pé, aflito, sendo entalado num ônibus circular, meu pé não estava encostando no chão, alguém fedia bastante ao meu lado. Meu telefone resolveu tocar!
Olha só que conveniente, era a instrutora, falando do novo emprego. Onde eu deveria estar, a hora em que eu deveria estar.
Ela me pergunta: Anotou tudo?
Eu respondo: Estou entalado num ônibus lotado, não há condições de anotar, mas acho que decorei tudo... Você sabe se eu esqueci um caderno por aí?
Nunca obtive resposta, pois meu celular tinha acabado de descarregar completamente.

Twitter: A nova droga viciante da Internet fez mais um dependente: EU! Se quiserem saber o que ando fazendo em 140 caracteres é só ir lá na minha página. Podem me seguir se quiserem, mas saiba que estou louco pra passar um pouco do meu azar para as pessoas, então cuidado!
CONTINUA... (EU ACHO)