terça-feira, 16 de dezembro de 2008

CAP 1 - A Culpa Foi Sua! (Alice no País do Pop ®)

Quando Alice acordou aquela manhã, estava mais feliz que vencedora de loteria acumulada. Jamais esqueceria do dia em que havia escutado, pela primeira vez, a música da maior boyband de todos os tempos, a “Pop5”, foi no mesmo dia em que havia sido enganada, a sétima vez naquele mês, por um dos seus namorados virtuais, e, abandonada numa velha lanchonete. Lembra de ter se debulhado em lágrimas quando ouviu a música que mudaria para sempre a sua vida. Era a Pop5! Alice limpou o rosto e, para a alegria da garçonete e das demais pessoas do recinto, saiu decidida a ser presidenta do fã-clube da banda. Gastou metade da mesada em cd’s, camisas, pirulitos, mas nada era mais importante que aquele grande show e depois de quatro semanas passando fome, sede e frio, acampada com sua barraca lilás na porta de um estádio de futebol, ela, enfim, realizaria o maior sonho de sua vida. Ficaria frente a frente à Pop5!

Mas as coisas não saíram como imaginara.

Assim que os portões se abriram, uma grande onda, praticamente uma tsunami, de adolescentes tão histéricas quanto Alice, debandaram derrubando quem estivesse na frente, ou seja, Alice!
Foi uma verdadeira aventura conseguir um bom lugar, se é que pode se chamar de bom lugar ficar entalada entre um anão oriental e uma magricela de cabelo ruivo e volumoso.

Quando a banda surgiu no palco, ela esqueceu tudo e sentiu vontade de gritar, mas não podia, o anão pisou em seu pé e o cabelo da ruiva entrou em sua boca, para piorar tudo, uma desesperadora vontade de fazer xixi, apoderou-se da garota.
Ela queria poder pular, dançar, e, acima de tudo, ir ao banheiro. Jurou que nunca mais beberia nada antes de sair de casa, juramento esse que sabia que seria em vão, pois água era um importante ingrediente da nova dieta revolucionária que estava seguindo. A dieta do sol: você só pode comer até o sol se pôr, depois disso, só podia ingerir água. O resultado era que agora se encontrava ali, contorcendo-se, aflita e com ódio de revistas femininas para mulheres gordas e de baixa estima.

Seu conforto era que ninguém a notaria naquele lugar, pois além das luzes malucas e da fumaça colorida, as pessoas preferiam dar atenção a tal da magricela de cabelos rebeldes e ruivos que, naquele instante, arrancara toda a roupa, deixando muito animado o anão de descendência oriental. Um cheiro de desodorante duvidoso tomou o nariz de Alice, estava impossível respirar, nunca esteve numa situação tão desesperadora desde o dia em que pegou seus avós, na cozinha, pelados e cobertos de farinha de rosca, quando tinha oito anos.

Enquanto era jogada de um lado para o outro, para cima e para baixo, Alice tentava cantar a música da banda. Descabelada, ainda sorria. A primeira música havia chegado ao fim e ela ainda estava viva.
Foi neste exato momento que aconteceu o que ninguém esperava: A Pop5 interrompeu o show e anunciou o fim da banda!

Alice sentiu as pernas tremerem, o coração parecia sair pela boca. Num passe de mágica as pessoas começaram a se afastar, o tsunami havia se transformado no mar vermelho e começava a se abrir e, Alice no meio, era como se fosse Moisés!
Os integrantes da banda encaravam a garota. A garota encarava os integrantes da banda. As outras pessoas encaravam a garota e os integrantes da banda. Alice nada entendia.

Os cinco integrantes da Pop5, apontavam para Alice. Ela podia sentir 5 dedos em sua testa.

Ela era a culpada pelo fim da banda!
Aflita, Alice, acabou pro fazer xixi nas calças.

CONTINUA...
"Alice no país do Pop" é um texto de minha autoria que estarei publicando aqui no blog. É um texto registrado em cartório, portanto, pense bem antes de copiar...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Nunca Tive Simpatia por Piovani!

Atualmente o Papel da TV não está sendo apenas entreter e informar as pessoas; Este singelo aparelho quadrado, que já teve várias cores, tamanhos e até formas, também tem a função de manipular mentes fracas. Sim! Eu estou dizendo que tenho, eu tive, uma cabeça manipulável! E do que eu estou falando?


LUANA PIOVANI!


Grande parte da mídia sempre odiou a Luana. Luana sempre odiou grande parte da mídia. Muitas pessoas já odiaram Luana, a mídia, e até mesmo Deni, a velha senhora que mora em frente a minha casa, e que nada tem a ver com o que eu escrevo aqui!

Na minha primeira grande peça, Luana estava na platéia, com a camisa da peça e até acessório (um nariz, simpático, de palhaço). Eu, por outro lado, continuava torcendo o meu estranho exemplar de nariz. O fato é que a imagem de "egocêntrica, atriz prepotente e nada humilde" não desapegava da minha cabeça, assim como o boné preto que uso até hoje.
Mas tudo tem um fim!

Uma bela noite fui assistir a uma apresentação (que se chama ensaio aberto) de Luana e ali, naquele instante o bloqueio em minha mente foi quebrado! Ela fazia rir, emocionava, enlouquecia e encantava. Aquela não era a Luana da mídia, era sua personagem em "Pássaro da Noite", mas isso não importava. Aquela era Luana! Ao terminar a apresentação ela conversou conosco, pediu opinião, sorriu, nos aplaudiu e até se declarou para o namorado...
... Ela nem imaginava que dias depois, o lamentável "ser-humano" (?), que recebia o título de "Seu namorado", viria a agir como o mais irracional dos animais, mas...

... Esse assunto já está desgastado demais e, portanto este"dado" acontecimento deve ser esquecido, para isso podemos pegar carona na cauda de um cometa, para conhecermos novos lugares, para andarmos no País das Maravilhas...
Se Luana é um ser dispresível, convencida ou prepotente, eu não posso dizer, nem julgar. Vejo ela como uma pessoa normal, que tem seus altos e baixos, dias bons ou ruins. Como disse Raul: "O homem tem o direito de pensar o que ele quiser, de falar o que ele quiser, de escrever o que ele quiser, de desenhar, pintar, esculpir, gravar, moldar, construir e destruir. O amor é a lei, o amor sobre a vontade"

domingo, 7 de dezembro de 2008

Seja Louco - Seja Hag

É o seguinte galerinha, eu havia prometido, no meu penúltimo post, que o melhor comentário ganharia um Selo do blog. Então, promessa é dívida (nossa detesto essas frase manjadas), e eu tenho que mandar o selo para que você possa encrementar (ou enfeiar) o seu blog!

Este selo possui algumas regras:

1. Aceitar exibir a imagem do selo no seu blog e cumprir as regras.

2. “Linkar” o blog do qual recebeu o prêmio.
3. Escolher 5 blogs para entregar o prêmio.
E como eu sou legal, eu vou mandar os selos para o 5 melhores comentários.

1- Aline Patrícia - http://ethosemconstrucao.blogspot.com/

2- 30 e poucos - http://algunstrintaanos.blogspot.com/

3- Vinícius D'Ávila - http://viniciusdavila.blogspot.com/

4- Nathália Motta - http://nathalliaaenrolada.blogspot.com/

5- Álvaro Dyogo - http://alvarodyogo.blogspot.com/

DIVIRTAM-SE

E
ÓTIMO COMEÇO DE SEMANA
SIM, AMANHÃ É SEGUNDA!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Aconteceu no Colégio!

"Meu Primeiro dia de aula foi confuso, uma sirene de ambulância, ou polícia, ou bombeiro, não parava de gritar, só depois que eu descobri que aquele era o sinal do colégio. "

Eu tinha oito anos quando me mudei, com meus avós, para o Paraná. Fiz amizade facilmente (o que não acontece hoje em dia), eu era novidade, com meu sotaque diferente, logo tive meus romances infantis, que na maioria das vezes era resumido pelo interesse em meus brinquedos. Eu tinha a ÚNICA bicicleta infantil, com marcha, da cidade!

Pela primeira vez eu ia estudar no período da tarde, e estava tão animado que, durante a noite, eu revirava tanto a na cama, que geralmente acordava no chão. No primeiro dia de aula cheguei cedo, na verdade fui levado cedo, pois minha avó fez questão de me levar ao colégio até a minha sexta série, mesmo o colégio ficando na mesma rua de nossa casa. Me sentei, tímido no canto, entrou uma mulher na sala e chamou por uns nomes. O meu estava entre eles. As crianças chamadas haviam sido transferidas para o turno a manhã, pois a turma estava lotada. Eu chorei!

Enquanto voltava pra casa, fingindo ter caído um cisco no meu olho, pra disfarçar as lágrimas, eu acabei conhecendo uma garotinha, garotinha mesmo, porque conseguia ser mais baixa que eu e isso era surpreendente, pois eu era uma miniatura carregando uma enorme mochila. Ela tinha mania de cantar aquela música do sabiá (sabiá fugiu pro terreiro, foi cantar no abacateiro...) e isso além de me divertir, me ajudou em outra situação.

Estávamos em Mil Novecentos e Primário. Certa vez tivemos que escrever uma história baseando-se nas figuras que estavam ao lado. Tinha uma menina, um pássaro e uma gaiola. Fiquei um certo tempo olhando para a figura, sem saber como começar. Depois caiu a ficha e eu comecei a história assim: "Sabiá fugiu pro terreiro..." Tirei a maior nota!

Sempre gostei de ler e inventar, mas eu tratava tudo como brincadeira. No primeiro bimestre tirei as melhores notas da turma, ganhei como prêmio da professora, uma camisa laranja de mangas compridas, esta eu usei até que se acabasse. Apesar de gostar de ler, este também era um dos grande s problemas pra mim. Eu lia bem, não gaguejava, mas não conseguia respeitar e nem entender a tal da vírgula, e ficava parecendo um narrador de futebol.

A matemática era outra que nunca fora com minha cara, eu também não fazia nenhuma questão. Ainda na terceira série, tínhamos que responder a tabuada pra uma tia (tia mesmo porque é solteira até hoje) que ia na sala aterrorizar as criancinhas. Eu só respondia 32 (3 X 4= 32, 5 X 5= 32...). Foi essa mesma tia que me tomou, certa vez, minhas figurinhas de "O Rei Leão". Vaca! A coleção já estava quase completa, muito chiclete Ping e Pong eu tinha comprado por culpa da coleção, mas ela simplesmente arrancou da minha mão, rasgou e jogou no lixo. Tentei pegar os pedaços, mas foi em vão. Fiquei revoltado e jurei que ia começar outra coleção, mas foi em vão, pois as figurinhas pararam de ser fabricadas para darem lugar a outras coleções.

Essa também foi a época dos meus amores platônicos, quer dizer, essa e as outras que vieram pela frente.

Eu sempre preferi fazer amizade com as garotas, mesmo porque eu sempre acabava me apaixonando por elas. Tive uma namoradinha na terceira série, mas não durou muito tempo. Como eu sempre vivi no mundo da lua, eu costumava imitar as coisas da TV, como se a vida real fosse um filme e, da mesma forma em que a conquistei, deixando uma cartinha em suja carteira, eu também imitei os filmes, brigando e terminando...

Sem contar que eu não conseguia me apaixonar só por uma, tinha que ser por todas.

Platônicamente, é claro!

sábado, 27 de setembro de 2008

Nados Ornamentais Num Cofre Com Moedas de Ouro


Vou ficar MILIONÁRIO! Não, eu não joguei na loteria ou, muito menos, me transformei no herdeiro de fortuna infinita! Mas sei que vou ficar MILIONÁRIO e agradeço por isso. OBRIGADO!

Quando eu era criança me imaginava dando saltos ornamentais e nadando, como Tio Patinhas, num cofre lotado de ouro. Não é ganância, nem materialismo, apenas desejo de viver AINDA melhor! Não pensem que tenho uma vida infeliz, mesmo porque, ultimamente ando transbordando de felicidade, tanto que as pessoas que passam por mim nas ruas da vida devem pensar: “Por que ele é tão sorridente?” ou “Será que foi uma cirurgia plástica mal sucedida?”.
Por falar em plástica mal sucedida, meu tio, que é meu patrão (mais patrão do que tio) já fez algumas plásticas faciais, eu não vi nenhuma mudança positiva, mas acredito que a grande mudança deve ter sido em sua conta bancária, só não sei se foram mudanças positivas. Ele tem uma casa de show e é lá que eu “trabalho” (?), é lá, também, que a minha felicidade diminui em alguns níveis. Já pensei em sair de lá, mas até agora, Plunct Plact Zum, não fui a lugar nenhum! Tenho total certeza de que sou extremamente superior, e não é egocentrismo, para ficar atrás daquele balcão perguntando se é pra botar limão no copo de conhaque, mas por outro lado, algo me diz que:


O QUE É MEU ESTÁ PREPARADO E ME ESPERANDO.


Enquanto isso eu continuo aturando o Sr. Das Plásticas Mal Feitas. Não sei se ele vai me aturar quando eu for milionário e comprar o seu bar! Colocaria ele pra servir conhaque com limão para os bêbados nordestinos, mas fico mais feliz em transformar aquele espaço na minha ESCOLA DE TEATRO PARA JOVENS CARENTES. Por outro lado, ele pode querer se matricular. Será que ele leva jeito para as artes? Se bem que as plásticas podem ser um problema pra articular, mas sempre existe um papel de árvore para jovens inexperientes, ou pode fazer o monstro! Isso elevaria a sua humildade, afinal de contas, não dá pra começar por cima!

O melhor comentário vai ganhar um SELO.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A Validade está ao lado do Rótulo!

Demorei um pouco pra atualizar, mas aqui estou eu novamente para contar sobre as minhas "desventuras em série". O incrível é que eu tenho bastante coisa pra contar, mas acho que o vírus mortal da PREGUIÇA acabou me contaminando, mas meus anticorpos travaram uma grande batalha e, portanto, retornei com mais besteiras que nunca!

Deixando toda essa baboseira de lado, vou ao que interessa (Se é que realmente interessa)!

Uma das coisas que mais me irritam são RÓTULOS! Quando eu digo RÓTULOS não estou falando do rótulo da maionese, muito menos do pacote de biscoito! Eu me refiro aos infames rótulos que seres-humanos, que nada mais têm a fazer, gostam de atribuir uns aos outros!

Se você usa dread no cabelo vai ser chamado de Hippie. Se é loira, gosta de grife, cor-de-rosa, cachorro em miniatura e falar ao celular num Shopping Center, você é uma Paty sebosa e fútil; Se você prefere usar bermuda florida, camisa listrada, bota de couro, óculos escuros, ombreira e um colar com a arcada dentária de sua tia-avó Sofia, você é... Você é um ridículo!

Não dá pra negar que o visual, para algumas pessoas, serve como uma identidade. Pessoas com personalidade própria vestem-se de acordo com a esta personalidade!

ESSE É O MEU CASO!

Eu tenho um estilo muito próprio! Gosto de roupa preta, gosto de usar All Star, gosto de cinto com Spike por essa razão ganho o rótulo de roqueiro. Bem, eu escuto rock, pra falar a verdade é o meu tipo de som! Mas não sou um produto pra ganhar rótulo!

Como se já não bastasse os rótulos das pessoas que não curtem (leia, amantes de funk, pagode, axé, que acham que rock é apenas uma gritaria sem importância ou satânica), ainda existem os rótulos no meio da galera que curte Rock (sim, porque se eu os mencionasse como "roqueiros" também estaria colando um rótulo na testa de cada um).

Os Rótulos:

Quando comecei a andar com a galera: Baby Metal!

Quando disse que curtia o som da Pitty eu virei: Modinha!

Quando descobri que o Green Day era uma banda fantástica e com letras idem: Punk de botique!

E quando cortei a franja, adivinhem: Emo!

Bem, a opinião dos outros dificilmente interfere na minha vida!

Outro dia eu procurava um dvd nas lojas americanas, quando notei que um grupinho falava de mim! Bem, como eu estava ouvindo música no último volume e, considerando que a música era mais interessante que os comentários do grupinho, continuei na busca. Porém, num certo momento eu não aguentei e tirei um dos phones do ouvido (isso me irrita um pouco, essa coisa de ouvir música só por um lado) e acabei escutando parte do comentário:

- Usa all star e acha que é roqueiro...

Mas a música estava tão boa que eu recoloquei o phone e preferi voltar a minha atenção para Janis Joplin, trepada numa moto com seus óculos redondos, roupa esquisita e cara de pirada, num cd daquela grande estante.

Não vou negar que depois eu pensei em voltar e detonar o "indivíduo" que me confrontava, mas hoje em dia eu vejo que tudo isso é uma tremenda bobagem. O irônico é que naquele momento eu estava ouvindo uma música das Spice Girls!

Você não é o que você veste! Você não é o que você escuta! Você é o que você é! O que a sua mente ordena que você seja!

Então eu posso andar de preto e ouvir música sertaneja (tá isso não acontece), posso usar roupa de cowboy e me acabar no Heavy Metal (que bizarro), que isso não vai mudar o que eu sou!

Eu sou meu próprio Rótulo!

"Só por que tem cara de maluco, acha é um Diego! Seu Poser!"

Deixando mais um rótulo pra terminar!

sábado, 6 de setembro de 2008

O Elenco da velha caixa de Isopor!

"As vezes parece que sou velho demais para algumas coisas, ao mesmo tempo parece que não cresci NADA."

Quando entrei na casa dos 20 achei que nada mudaria, ledo engano, parece que um novo "arquivo maluco" abriu-se em minha mente. Chega uma certa idade em que resolvemos renegar os nossos atos, principalmente quando temos certeza absoluta de que se trata de hábitos de criança, porém uma coisa tão absurdamente louca aconteceu quando entrei nessa "tal casa dos 20", tudo o que antes eu achava infantil e vergonhoso eu passei a admirar!

Tudo o que era antigo, agora tinha ganhado um valor infinito!

O irônico de toda essa maluquice é que larguei a infância um pouco (ou muito) tarde, com 17 nos eu ainda curtia Pokémon, lia gibi brincava com meus Power Rangers quebrados. Quantas histórias criei com eles e com os outros bonecos (Batman, Cavaleiros do Zodíaco, Playmobil, e até brinde do Kinder Ovo), era um elenco completo, mas que sempre tinha espaço para mais um, portanto nunca era um elenco completo. Elenco SIM! Por que tudo aquilo era uma grande Rede de TV onde eu criava aventuras estreladas por eles, com temporadas, trilhas sonoras e, até mesmo, nomes artísticos. Poderia ganhar dinheiro publicando aquelas sagas fantásticas, mas no dia seguinte eu já havia esquecido tudo, e se tentasse escrever antes, ou depois, de brincar não teria a mesma graça.

É claro que quando eu embarcava no mundo dos bonecos de plástico paraguaios eu usava um bilhete único, ou seja, ninguém podia brincar comigo, NINGUÉM DEVERIA SABER QUE EU BRINCAVA. Trancado no meu quarto éramos apenas EU e o elenco da caixa de isopor!

Hoje em dia eu ainda tenho os tenho, na mesma caixa de isopor (velha, quebradiça e uma vergonha de feia), mas não brinco mais, acho que não tenho mias a mesma paciência de antes. Posso dizer que os Astros do 1,99 estão curtindo a aposentadoria merecida.

Atualmente prefiro voltar ao passado assistindo vídeos (agradeço a existência do Youtube) de velhos programas infantis, como Carrossel, Cavaleiros do Zodíaco ou Blossom. Fico pensando se os humanos de amanhã (crianças hoje), terão alguma coisa pra sentirem-se nostálgicos... Mas acho que os mais velhos pensavam a mesma coisa da minha geração, isso quer dizer que daqui uns anos o "velho Diego Hag", pode estar lendo um Blog Super nova geração, do seu... Seu... Neto...

ISSO É ASSUSTADOR!!!!

Minhas viagens no mundo da Nostalgia não terminam aqui, aguardem...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Faz sinal e paga passagem!

Um dia estava pensando: Por que ainda andamos de ônibus? Sim, por que estamos no ano 2008. já era a hora de inventarem meios que substituíssem essas grandes máquinas poluidoras. Onde estão os carros voadores, ou melhor, os aparelhos de teletransporte? Onde estão?

Eu geralmente tenho péssimas experiências com meios de transportes, sejam ônibus, trens, carros... Nunca andei da avião, e com meu histórico é melhor que continue assim...

Certa vez, quando voltava do cinema com meus amigos (tinha ido assistir Pokémon 2! Pokémon 2!) eu tive a infeliz idéia de passar pela roleta, uma coisa normal... Normal para outras pessoas, por que o Diego aqui além de ficar entalado na roleta, ainda pagou pela passagem...

Como já deixei claro aqui, eu morei no Paraná por um bom tempo, e lá eu fazia curso de teatro, e para ir até este curso eu pegava um ônibus de estudantes. Acho que poderia escrever um livro sobre este ônibus.

No meu primeiro dia eu já me perdi. Bem, o fato é que o motorista tinha me dado a informação de onde era o ponto para retornar pra casa, e eu disse que tinha entendido. MAS NAO TINHA! Acabou o curso e eu não sabia pra onde ir!

Depois de algum tempo, mudaram o motorista deste ônibus, e junto com isso toda a trajetória da viagem, ou seja, antes eu era um dos primeiros a descer e passei a ser o último. O resultado foi que eu chegava atrasdo todos os dias no curso de teatro. Não se contentando com o fato de ser o último a descer, eu também tinha que ser o primeiro a subir.

Foram tantas as vezes que o ônibus me deixou pra trás. Sorte a minha que tinha amigas que me davam asilo, caso contrário eu teria que dormir na rua, o lado bom é que não chegaria atrasado para o curso no outro dia.

Um dia eu me irritei, já estava na hora, reclamei e como resposta eu ouvi "Peça pra sair mais cedo"! Eu já chegava 15 minutos atrasados, agora eu deveria sair 15 minutos mais cedo, talvez fosse melhor eu nem descer do ônibus!

Quando me rebelei decidi pagar a mensalidade de acordo com o que eu achava que valia tudo aquilo. O resultado não foi dos melhores, pois eu não soube contestar os meus direitos, e estava sozinho nessa. Aquilo era uma falta de responsabilidade, mesmo porque eu morava com a minha avó, e ela tinha que ficar sozinha quando eu não voltasse!

Depois dessa experiência eu peguei ódio de ônibus!

O trem também não me ajuda muito. O percurso que você tem que fazer até chegar na roleta (subir uma passarela em formato de labirinto, enfrentar fila, passar na roleta e dar adeus ao trem que você perdeu por culpa da velha senhora que atrapalhava sua passagem).

Quando pego trem eu geralmente acabo chegando atrasado. Quando eu pego ônibus eu geralmente chego atrasado. Quando eu vou andando eu geralmente chego atrasado.
Esta semana foi o carro que resolveu me sacanear. Quando decidimos dar uma carona para uma colega de trabalho, eis que o carro, morre, tentamos empurrar, mas... O lado bom é que conseguimos dar a carona, pois tanto foram os empurrões que acabamos chegando próximo ao seu ponto de ônibus. Detalhe, eram quase 7:00 de uma manhã fria e chuvosa.
Quando inventarão a máquina de teletransporte?

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Harry Potter e a Maldita Caipirinha

"Se você não vomitar não vai melhorar!"

"Quer mais um cachorro quente com catupiry?"

"Acho que vou vomi... Hrauuuuuuuuurl"

Não lembro muito bem como cheguei em casa. Quer dizer, é claro que eu lembro, como poderia esquecer o dia em que meu pai teve que me buscar por que eu estava tão bêbado que não conseguia chegar em casa. A verdade é que a cada dois passos era mais um mar de vômito. Morro de nojo ao pensar que poderia alagar o Rio de Janeiro com a consequência daquele dia vergonhoso.

Não sou de beber, acho que as pessoas podem se divertir ainda mais estando de cara limpa. Mas eu queria sair naquele dia e meus amigos não estavam nem um pouco a fim. Depois de muito insistir, consegui convencê-los, antes não tivesse.

Estávamos nos últimos dias de Carnaval, não que eu seja um micareteiro maluco com colecionador de abadás, mas a verdade é que gosto do Carnaval apenas pelo fato de poder usar fantasia. E eu estava vestido de Harry Potter quando tudo aconteceu...

Sobretudo preto, óculos redondos e sem lentes, gravata (a gravata que eu tinha comprado a um tempo apenas para essa fantasia)... Lá ia eu com meus amigos. As crianças falavam "olha o Harry Potter!" os adultos diziam " Olha o Batman! Não é um Padre..." os babacas sem personalidade eram piores "Já passou da idade", como se eu me importasse. Não sou o tipo que liga para opinião alheia...

Consegui melhorar o ânimo dos meus amigos tentando pensar como eles. Vamos beber pra nos divertirmos! Não fico mais feliz com bebida, mas eles sim! Então eu tive que induzi-los! Mas a magia se voltou contra o bruxo dos óculos sem lente! Depois de (não lembro quantas) caipirinhas, eu estava nocalteado, nojento e numa situação que me envergonha bastante.

Não cometi insanidades como tirar a roupa, ou dançar macarena, ou arrumar briga, muito menos tirar a roupa dançando macarena e arrumando brigas... O máximo que eu fiz foi passar mal... Eu não estava bem e o fato de nenhum taxista topar me levar pra casa era uma grande prova disso.
Estávamos eu Felipe, Elen (sua namorada na época) e Philipe. Não vi quando Felipe saiu pra buscar meu pai, mesmo por que não dá pra ver muita coisa quando se está com a cabeça apoiada numa mesinha de praça. Meu pai chegou, e para minha infelicidade ele tinha vindo com o carro do vizinho, ou seja, outras pessoas também sabiam do acontecido. Logo Nelson Rubens também poderia anunciar no TV Fama, quem sabe até teria concorrência com o Leão Lobo e se tivesse sorte seria a matéria mais reprisada no programa da Sônia Abrão...

Não sei se foi por sorte, ou apenas por magia, mas não ouvi muitos comentários nos dias seguintes. Não conta as lembranças dos "felipes", principalmente quando começaram a criar histórias do tipo: "Você agarrou um Emo"...

Depois daquele dia parei de beber definitivamente. Não somos obrigado a nos comportar como animais (não que eu veja muitos animais por aí vestidos de harry Potter e tomando caipirinha) apenas para parecer legais, por que depois de toda aquela felicidade ilusória você pode ter certeza que virá um disgosto nada, nada, nada mesmo ilusório... Ou seja:

MAIS UMA DOSE É CLARO QUE EU ESTOU AFIM...

BRINCADEIRINHA!!!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Minha Estranha Familia Estranha

"Meu avô, que era de Minas, casou-se com a minha avó, que era Pernambucana. Eles tiveram meu pai no Paraná e também já moraram em São Paulo. Quando eu fui entregue a eles, morávamos no Rio de Janeiro, oito anos depois mudaríamos para o Paraná..."

O meu avô adorava inventar coisas de madeira. Fazia de bancos à patinetes, de patinetes à Carros... E quando eu aparecia com uma novidade as outras crianças faziam fila pra conseguir suas feitorias. Uma vez ele fez uma série de banquinhos, que começava com um grande e ia diminuindo até terminar num minúsculo, inútil, porém fantástico mini-banquinho.


A Avó costumava costurar, era o seu hobby. Fazia colchas de retalho. Não eram bonitas, mas de certa forma tinham o seu valor. Também fazia uns panos rendados, esses eram lindos, ela ficava toda feliz quando recebia elogios por eles, tanto que fazia questão de engoma-los e exibi-los a todos que passassem pela rua. Assim como os banquinhos, os panos rendados eram de vários tamanhos. Mesmo por que meus avós se completavam!


Enquanto meu avô mexia com madeira e minha avó com panos, o meu pai preferia mexer com a minha mãe, por isso brigavam tanto. Minha irmã parece estar indo pelo mesmo caminho...


Eu sempre fui mais alheio a todos esses problemas. É loucura demais pra mim que já tenho as minhas... Certa vez, cansado de todas as brigas de casa, eu decidi que ia embora. Comecei a juntar dinheiro para voltar para o Paraná, onde viveria de arte, nem se fosse pra virar um palhaço de rua com trancinha no cabelo, essa atitude me rendeu alguns prêmios:


- Risadas incrédulas de minha irmã.


- A Tv de 29 polegadas que minha mãe tirou da caixa e botou no meu quarto pra me agradar.


- Uma série de ocupações dadas por meu pai. Segundo ele eu estava triste e sem o que fazer, por isso precisava ocupar meu tempo!


Ocupar o tempo! Assim que me mudei para o Rio, meu pai parecia decidido a fazer com que eu ocupasse o meu tempo. Acabou me matriculando na Capoeira, onde o máximo que eu consegui foi me expor ao ridículo, ficando sem camisa e dando cambalhotas; Depois entrei para o Kung Fu, e eu odiava acordar cedo pra frequentar os treinos. Um dia dei tantos murros num pneu velho que fiquei com a mão doendo pelo resto da semana; Também cheguei a trabalhar de cobrador para um tio meu, mas eu tinha problemas em dar trocos, a matemática nunca foi o meu forte, e nem faço questão que seja! Depois de deixar vários passageiros descerem sem pagar passagem, eu me botei no meu lugar e vi que aquilo não era pra mim!


Para o meu bem, meu pai deixou eu seguir o meu destino... Não completamente, por que nem tudo são flores, e se fossem não seria muito diferente, porque flores são coisas inúteis!


Minha mãe é um camelô ambulante. Ela vende perfume, ela vende roupa, ela vende alimentos, um dia ele vende os filhos, mas talvez isso a levasse a falência... Mas é uma ótima pessoa, muito batalhadora, mesmo quando não precisa...



Minha irmã mais velha (e única) passou a vida me pentelhando, mas depois que nos tornamos adultos acabamos nos entendendo melhor, mesmo por que agora ela tinha ganhado um cúmplice. Que Cúmplice! Ela tem um gênio forte, forte mesmo. É o tipo de pessoa que briga COM você, deseja sua morte, mas no outro dia briga POR você e enfrenta quem estiver na frente. Toda essa coragem desaparece perto de coisas bobas, como tomar vacina, ainda estou rindo de todo drama mexicano que fez para tomar a vacina de Rubéola!


Eu também não sou nada que se possa dizer: Nossa como o Diego é normal! Mesmo por que falar sozinho, se estressar com objetos e passar o dia inteiro pensando abobrinha, não é coisa de gente normal!

OU SERÁ QUE É?
"Somos todos malucos. Quem não quer ver malucos, deve quebrar os espelhos."
(Voltaire)

sábado, 23 de agosto de 2008

No meio do caminho tinha um buraco!

"Ele era alto, magrelo e estranho"
"Seu hobby era dar com a cara em poste"
"Matou meu peixe, alimentando-0 com pipoca e guaraná"

Eu tenho um amigo chamado Philipi, e SIM é com PH, pois se fosse com F seria o outro amigo meu que também se chama Felipe. Pior de tudo isso é que ambos são "Luís Felipe", por que suas mães eram muito criativas...


Eu sou amigo do Felipe com F a mais tempo do que do PH, mesmo por que não aguentaria ter tanto tempo de convivência com ele. Sou um mal amigo? Por que vocês não conhecem o PH! Ele sempre fez coisas que nos irritava profundamente, coisas como:


- Pegar coisas emprestadas e não devolver

- Sumir com as coisa emprestadas, ou perder, como fez com meu game boy.

- Ter amigos Playboys

- Ter apenas metade do cérebro

- Ser o galinha do grupo

- Não parar em casa!
NÃO PARAR EM CASA

Um dos meus micos, que são vários, aconteceu por culpa desta figura sórdida e magricela. Certo dia, quando perdi meu tempo, mais uma vez, indo na sua casa (que por acaso ficava na rua mais barulhenta do mundo, com vizinhos aparantemente viciados em festa, era isso ou gostavam de me irritar a cada vez que eu tinha o desgosto de cruzar aquela infeliz esquina). Então, neste dia, me deparei, mais uma vez, com a ausência de PH em sua casa.


Saí decidido que nunca mais voltaria naquela rua e que todos os vizinhos, repugnantes e felizes, ficassem surdos com aquela música que ouviam com a alegria digna de auditório de "Programa Sílvio Santos".


Eu andava pisando forte. Já estava perto da esquina infeliz... Logo estaria livre de tudo aquilo... De repente algo me puxou para baixo.


Eu tinha caído num bueiro!


Por que não se deve desejar mal aos outros!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Minha Flor Meu Bebê

"Faz um desenho meu?"
"Eu só fiquei aqui, por que nós dois somos iguais!"
"Você é fã do Green Day?"

"Já tinha soado o primeiro sinal, mais dois e a peça teria início. Eu estava feliz, feliz e apreensivo. Desde que tinha entrado naquele grupo de teatro, e isso já fazia uns meses, ainda não me sentia a vontade, e isso era desesperador, principalmente quando pensava no grupo de teatro do Paraná, onde éramos uma verdadeira família. Mas agora eu estava ali, com ela... Eu tinha arrumado uma amiga! O grande problema é que eu havia me apaixonado por ela!"

Eu ia completar 21 anos. Ela ainda não tinha 15. Eu não tinha namorada e ela namorava. Ela era linda e também um sonho que parecia distante, além da diferença de idade, namorado, também tinha o fato dela ser considerada a menina dos olhos daquele lugar. E isso era verdade!

Era só olhar para aquela figura angelical pra comprovar que aquilo fazia sentido.

Quando ela se aproximou pela primeira vez, eu perdi totalmente a fala. Dei uma resposta monossilábica, devo ter parecido arrogante, na verdade eu acho que fui, e devia ter levado uma surra por isso.

Na verdade eu não tive culpa. Sempre travo na presença de "pessoas-ainda-não-íntimas" e, desde que comecei a frequentar aquele grupo teatral, estava achando meus pés maiores que o corpo e isso me fazia tropeçar inúmeras vezes. Também estava curvado mais curvado que de costume, era como se alguma daquelas garotas fantasmagóricas de filme de terror oriental estivessem montadas em minhas costas. MEDO.

Nunca fui o preferido das garotas. Baixinho, dentuço e com olhos esbugalhados. Até me achava bonito, sempre vivi de ilusões... As roupas também não ajudavam muito.

Passei a vida amando platonicamente, o que por incrível que pareça, me fez muito bem! Nossa estima precisa ser jogada no chão e pisoteada, caso contrário nunca teremos força de vontade suficiente para elevá-la... E eu consegui!

Ela era diferente de tudo aquilo, e logo éramos amigos, ou melhor, éramos dois farsantes que tentavam se enganar sobre seus sentimentos. Todo mundo já tinha percebido o clima que havia entre nós, inclusive seu namorado...

Eles eram o casal perfeito, o casal modelo e fofo, e eu só tinha aparecido pra estragar o mundo cor-de-rosa. Eu era um intruso, com meu estilo roqueiro e meus cabelos compridos, aquilo não estava certo. Não podia me apaixonar por ela, mas também não conseguia voltar pra casa sem antes me despedir e ver seu sorriso. Enquanto ela sorria o namorado me encarava, podia ver faiscas em seus olhos, eu tinha medo de me queimar.

Eu achava que estava sendo correspondido, mas tudo parecia tão mágico e perfeito que eu não queria estragar tudo. Se eu abrisse o jogo com ela, poderia correr o risco de perder a única amiga que tinha conseguido naquele ambiente tão louco.

Lembro de ter voltado pra casa com um sorriso digno de coringa quando descobri que ela havia terminado com o namorado. Minutos antes eu tinha feito cara de tristeza ao receber a notícia. Como fui cínico naquela noite...

Era 8 de Outubro, chovia de leve. Eu tinha acabado de completar 21, um dia antes. Eu a aguardava na porta do teatro, íamos assistir uma peça. Ela chegou, trazia um presente, mal sabia que o maior presente que poderia me dar era o seu sorriso...


Já tinha soado o primeiro sinal, mais dois e a peça teria início. Eu estava feliz, feliz e apreensivo. Desde que tinha entrado naquele grupo de teatro, e isso já fazia uns meses, ainda não me sentia a vontade, e isso era desesperador, principalmente quando pensava no grupo de teatro do Paraná, onde éramos uma verdadeira família. Mas agora eu estava ali, com ela... Eu tinha arrumado uma amiga! O grande problema é que eu havia me apaixonado por ela! Veio o segundo sinal, minhas mãos gelaram quando encostaram de leve nas suas repousadas sobre o descanso de braço. O terceiro sinal... Tudo ficou escuro... Ia começar a peça... Ia começar a nossa história... Naquele momento nossos rostos se viraram e o nosso beijo mais estranho aconteceu!

domingo, 17 de agosto de 2008

Você precisa gritar!

"Diego, eu quero o personagem estressado!"
"Você tem que gritar!"

"Esse menino não fala não?"
"Ele deve ser demente!"

Eu já tinha repetido àquela cena inúmeras vezes, mas só conseguia deixá-la pior. Como EU, o autor da peça, não conseguia dar vida a um personagem que eu mesmo havia criado? Realmente eu não conseguia entender. É sempre assim, quando me sinto pressionado, eu travo completamente. Eu tinha que gritar, mas o grito não saía... O grito nunca saía pra mim, seja no teatro, seja na vida... Na verdade eu sou totalmente contra os gritos. Se existisse uma lei pra banir quem gritasse, eu assinaria!

Geralmente eu sinto stress, só que é um stress introspectivo, como quase tudo na minha vida. Não gosto muito de demonstrar minhas emoções, porque ninguém obrigado a ouvir as lamentações de um maluco!

No colégio eu sempre era "o que fugia das brigas". Ah, mas eu fugia mesmo, eu ralava peito! Bem, eu acho que as palavras são mais duras que a violência, por isso prefiro não brigar, mas também não sou muito bom com as palavras! Sendo assim, o melhor que posso fazer é viver em paz com todo mundo!
Mas eu ainda preciso gritar!
Na minha casa as pessoas gritam bastante. Meu pai então, é o rei do grito. Minha irmã fica em segundo. Eles são bem parecidos, por isso brigam bastante um com o outro, apesar de jamais admitirem isso!
Se minha irmã puxou o meu pai, eu puxei a minha mãe. Ela era mais calma antigamente, hoje em dia sinto que o vírus do grito está contaminando a coitada. Então talvez daqui uns anos eu consiga gritar como a minha mãe, será que até lá a peça ainda estará em cartaz?

Eu não me acho tão parecido com as pessoas da minha casa, principalmente porque não fui criado na mesma bolha que eles. Então vivemos em mundos diferentes, e acredito que será assim pra sempre.

Meus avós me criaram desde que nasci. E quando decidiram mudar-se para o Paraná, eu fui junto. E lá fiquei por 10 anos!

Acredito que tenha ficado mais introspectivo quando perdi meu avô... Foi nessa época que os amigos, ou melhor, os colegas, começaram a se afastar... Eu digo colegas, por que os amigos são amigos até hoje, o resto é RESTO!

A vida realmente mudou de cabeça pra baixo quando cheguei ao Rio de Janeiro! Tudo mudou drasticamente! Eu estava perdido, todo o sentimento da perda da minha avó, estava trancado no meu peito e o maldito grito não saía. Toda história que eu tinha construído, principalmente com o teatro, havia sido tirada de mim...

Mas eu ia recomeçar... E eu recomecei...

...E lá estava eu, com o grupo do teatro, ensaiando o stress do meu personagem... Quantas vezes terei que repetir aquilo? Não sei!

Talvez quando GRITO da vida real finalmente existir...

Eu quero ser ator!

"Por que está usando a roupa do seu avô?"

"Por que estava falando sozinho?"

"Por que não brinca com seus amigos"

Era o meu último ano no colégio, O PIOR, diga-se de passagem, precisava prestar vestibular, mas não tinha idéia do que fazer... Claro, por que não me imaginava de terno, gravata e maletinha de couro, andando no centro da cidade, pra depois chegar em casa e reclamar da vida e da fila do banco!

Quando se é criança é muito mais fácil. Eu dizia que seria veterinário, astronauta, garçom (!), dentista... Dentista!

Anos depois lá estaria eu, num curso pré-vestibular, estudando pra entrar na faculdade de Odonto!

O que eu tinha na cabeça pra tentar fazer odonto? Nunca vou saber! Um cara que tem aflição de dentistas com todo aquele cheiro de flúor, barulho de motorzinho e uniforme branco, sem contar nas revistas que nunca eram atualizadas...

Por incrível que pareça, toda essa experiência de cursinho pré-vestibular pra odonto, teve uma grande vantagem, e essa vantagem chamava-se EVENY!

Para chegar no cursinho eu precisava pegar um ônibus de estudantes. Neste ônibus iam universitários e pessoas que faziam cursinhos. Entre essas pessoas estava a Eveny e ela era atriz!

Na sua camisa eu pude ler: EMT - Escola Municipal de Teatro. Não demorou muito para eu fazer perguntas. Não fiz milhões como eu gostaria de ter feito, mesmo por que, sou uma pessoa travada quando se trata de primeiros contatos com qualquer ser humano.

"Se eu não passar em Odonto, eu entro nessa escola de teatro!" - Foi o que eu disse, já mandando o curso de Odonto para o inferno!

Bem, não precisa ter um cérebro super desenvolvido pra saber que eu não passei em Odonto (a particular não conta, por isso, não deixei que raspassem a minha cabeça).

Lá estava eu fazendo arte...
Fazendo arte, fazendo amigos, fazendo A minha história!

Sempre soube que seria difícil ser levado a sério por me dizer ator.

"Você é tão tímido!"
"Ator não é profissão!"
"Isso não é coisa de homem!"

"Você está fazendo balé?"
"Faz cara de mal! Agora de nervoso! Feliz"

"Pra ser ator tem que ser filho de ator"

Quando apresentei a minha primeira peça, meu primeiro protagonista, minha primeira vitória. Não tinha NINGUÉM LÁ!

Mas eu estava feliz, por que, acima de tudo,


EU SOU MUITO FELIZ!

segunda-feira, 24 de março de 2008

Por que tentar decifrar o indecifrável?

Bem vindos ao MUNDO HAG!!!




Ladies and Gentleman, desliguem os celulares, pagers e aparelhos eletrônicos, pois, o show vai começar!!!




Olá, meu nome é DiEgo, com E, ou seja, não sou DiOgo e se alguém me chamar de Tiago, Thiago ou Teago, não terão direito de se assustar com a resposta mal criada que receberão.

Até este momento posso dizer que sou um cara feliz, um cara com sono (por escrever isso às 00:06 da madruga), mas um cara LEGAL e do BEM...

Como dizer quem sou eu se nem ao menos sei o significado do meu nome? (Sério mesmo, se alguém souber me conta!)

Ando muito nostálgico ultimamente, será a crise dos 20? Existe uma crise dos 20? Bem, se não existe eu acabo de inventar, se der tempo posso patentear... mas o fato é que devo estar há dois anos nessa tal-crise-não-oficial. Ah, qual é o problema de gostar de Changeman, Blossom e Punky? o que? Ninguém sabe o que é Changeman, Blossom ou Punky? Ah, aí a culpa não é minha né? Quem nunca relembrou da infância que me atire o primeiro disco da Xuxa!

Acho que se tivesse ganhado um Pogobol, hoje em dia as coisas seriam diferentes.

Na verdade o meu nome não é DiEgo (com E e não com O), bem o fato é que eu fui sacaneado e acabei sendo mais um dos "BEBÊS INFELIZES QUE RECEBEM NOMES COMPOSTOS" e meu PAI que por se chamar Altair Ulisses e ter casado com uma Maria de Fátima, achou que seria lindinho se o filho tivesse o nome de EMERSON DIEGO. E não é só, como brinde eu ainda ganho o sobrenome Hilário(!) de Aguiar.
EMERSON DIEGO HILARIO DE AGUIAR!!!
Que significa:
Ninguém Merece!

A minha felicidade é que tenho uma irmã chamada ALCILENE...

Ultimamente ando feliz! Tenho NAMORADA, TENHO UMA CABEÇA, TENHO TELEVISÃO E UMA BICECLETA VELHA...
É eu sou feliz!

Qual o significado de tudo isso?